As empresas, cuja atividade principal é lucrar com o aluguel de imóveis, como as construtoras de salas comerciais, as administradoras de shopping center e as imobiliárias (que na bolsa de valores brasileira é representada pela Lopes Brasil), têm sido beneficiadas pela continuidade do crescimento da renda do brasileiro, da inclusão bancária da população e da transição das famílias para faixas de rendas mais altas. A expansão e o bom desempenho das maiores companhias varejistas também tem contribuído com o cenário positivo. A perspectiva de continuidade do bom desempenho do consumo, por sua vez, tem sustentado os projetos de expansão e novos empreendimentos destas companhias.
De acordo com a associação do setor de shoppings, a Abrasce, é esperada uma expansão de 15% no faturamento dessas empresas em 2010. Conforme o presidente da entidade, Luiz Fernando Veiga, durante congresso internacional do setor, que aconteceu nos dias 6 e 7 de outubro, este mercado deve movimentar cerca de R$ 87 bilhões este ano. As ações do setor são consideradas investimentos de longo prazo. Em 2010, em sua maioria, elas apresentam performance muito superior ao Ibovespa. A BrBrokers acumula alta de 31,7% até 8.10. A Lopes Brasil, 43,7%, e a São Carlos, 17,8%, conforme dados da Corretora Ativa. O índice, por outro lado, valoriza 1,9% no mesmo período, e a General Shopping também apresenta desempenho mais tímido, de 7,6% em 2010.
Sandra Peres
Analista Corretora Coinvalores
Os principais drivers para o setor são o crescimento do emprego, a redução contínua da taxa de desemprego e a expansão da massa salarial. Isso tem sido evidente especialmente na classe C. Isso tem motivado a elevação dos investimentos dos shoppings nesta faixa de renda. Um aspecto que também fortalece esta perspectiva positiva e tem motivado os investimentos em expansão, através da área total própria (ABL prórpia) e de projetos greenfields, é a abertura de mais lojas de importantes varejistas e âncoras dos shoppings, como Renner, Marisa, Hering, Lojas Americanos. Que também é um fator que
As administradoras de shoppings Center são uma das empresas que maior margem Ebitda apresentam, em torno de 75% e 80%. Suas receitas vêm basicamente da cobrança de aluguel das lojas e da prestação de serviços, como a cobrança do estacionamento. Portanto, as receitas delas são previsíveis. Os contratos para ocupação das lojas são determinados por um período mínimo de cerca de cinco anos, e incluem um reajuste anual relacionado à variação da inflação no período. Diante disso, as companhias que conseguem manter margens neste nível, o fazem por conta da capacidade de gerenciar custos e despesas e, eventualmente, com o aumento da participação no próprio empreendimento.
Recomendação: COMPRA para BrMalls, que é a preferência no setor, por estar focando seus empreendimentos nas classes mais baixas, como a C. COMPRA para Iguatemi e Multiplan.
Analista Corretora Coinvalores
Os principais drivers para o setor são o crescimento do emprego, a redução contínua da taxa de desemprego e a expansão da massa salarial. Isso tem sido evidente especialmente na classe C. Isso tem motivado a elevação dos investimentos dos shoppings nesta faixa de renda. Um aspecto que também fortalece esta perspectiva positiva e tem motivado os investimentos em expansão, através da área total própria (ABL prórpia) e de projetos greenfields, é a abertura de mais lojas de importantes varejistas e âncoras dos shoppings, como Renner, Marisa, Hering, Lojas Americanos. Que também é um fator que
As administradoras de shoppings Center são uma das empresas que maior margem Ebitda apresentam, em torno de 75% e 80%. Suas receitas vêm basicamente da cobrança de aluguel das lojas e da prestação de serviços, como a cobrança do estacionamento. Portanto, as receitas delas são previsíveis. Os contratos para ocupação das lojas são determinados por um período mínimo de cerca de cinco anos, e incluem um reajuste anual relacionado à variação da inflação no período. Diante disso, as companhias que conseguem manter margens neste nível, o fazem por conta da capacidade de gerenciar custos e despesas e, eventualmente, com o aumento da participação no próprio empreendimento.
Recomendação: COMPRA para BrMalls, que é a preferência no setor, por estar focando seus empreendimentos nas classes mais baixas, como a C. COMPRA para Iguatemi e Multiplan.
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Analista Corretora Coinvalores
As empresas que atuam construindo ou utilizando imóveis para a locação comercial têm lucrado com o aumento de preços também destes imóveis (assim como aqueles voltados à habitação). O Brasil é considerado o terceiro país onde os imóveis são mais caros. Além disso, estas companhias têm enfrentado dificuldades de encontrar terrenos para construir. Por isso, uma das maiores empresas do país, a São Carlos, tem como estratégia de crescimento reformar prédios antigos. Ela compra, reforma, ganha com um aluguel alto, oferecendo como contrapartida um condomínio mais baixo, e depois vende para outros investidores.
O setor de exploração de imóveis comerciais é muito pulverizado aqui no Brasil. No entanto, as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, que são ainda as mais cobiçadas, apresentam poucos espaços para novos empreendimentos. A atuação da São Carlos é exatamente nestas regiões, por isso definiu a estratégia de crescer através da compra e reforma de prédios antigos. Por outro lado, a BrProperties e a Cyrela Comercial (CCP), atuam também em outras regiões, e é através da expansão para essas outras áreas que pretendem crescer.
As receitas destas empresas vêm, basicamente, da cobrança de aluguéis. E a maioria delas terceiriza a construção ou faz parcerias, o que reduz os seus custos com mão de obras e materiais de construção. Por isso, são negócios muito simples e apresentam margem Ebitda superior a 80%.
Recomendação: COMPRA para São Carlos.
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