segunda-feira, 5 de março de 2012

Vendas de imóveis usados em São Paulo crescem 19% em 2011

Valor médio das unidades vendidas foi de R$ 400 mil, aponta levantamento. Importância do financiamento bancário segue crescendo


iG São Paulo
01/03/2012 15

As vendas de imóveis residenciais usados na cidade de São Paulo cresceram 19% em 2011, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela imobiliária Lello.




O valor médio das unidades vendidas no ano passado foi de R$ 400 mil, 14% acima do preço registrado em 2010 e 2009. Os dados consideram os preços praticados nos bairros do chamado “centro expandido” da capital paulista.



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A importância do financiamento bancário na venda de imóveis usados segue crescendo. Do total de negócios intermediados pela Lello em 2011, 45% foram financiados por bancos. Em 2010, esse índice era de 39%, enquanto em 2005 apenas 15% dos imóveis usados eram vendidos por intermédio de financiamento bancário.



Segundo a Lello, os imóveis mais procurados foram apartamentos de 1 e 2 dormitórios com vaga na garagem, situados em condomínio com estrutura de lazer, segurança e boa localização, em especial perto de estações do metrô.



Para 2012, a empresa acredita que a tendência é de que as vendas de imóveis usados continuem crescendo. “A demanda está em alta e a expectativa é de ampliação do crédito imobiliário, o que manterá o mercado aquecido”, disse em nota Roseli Hernandes, diretora comercial da Lello Imóveis.



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Examinar detalhadamente a documentação do(s) vendedor(es) e do imóvel;


• Pedir, no cartório de imóveis da região, a certidão de matricula do apartamento ou casa;

• Verificar as informações de eventuais empresas do(s) proprietários e das certidões;

• Ver as condições do condomínio para evitar a cobrança de dívida/débito aos compradores de boa-fé;

• Fazer uma busca da condição do imóvel na prefeitura;

• Fazer contrato de compra e venda se todas as certidões ainda não foram disponibilizadas;

• Buscar orientação de uma imobiliária ou advogado, se necessário

Adquirir imóvel usado ainda é o chamariz do setor imobiliário. Essas vendas cresceram pelo quarto mês consecutivo no Estado de São Paulo, tendo registrado alta de 21,66% em abril na comparação a março, segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). No entanto, apesar dos bons ventos para esse setor, muitos compradores pecam na hora da compra e podem sofrer dores de cabeça na Justiça por não dar atenção a alguns documentos importantes, mas que tem em comum a mesma identificação: certidões.




“Um documento básico e que poucas pessoas pedem é a certidão de matricula. Basta ir a um cartório de imóveis da região e pedir com o endereço. É barato e importante. Em São Paulo, por exemplo, custa R$ 31,37”, explica o advogado Luis Rodrigo Almeida, do Viseu Advogados.



Com essa certidão de matrícula, por exemplo, o comprador pode para saber a real titularidade do imóvel porque, às vezes, existe um problema familiar envolvendo o local de interesse. “Com esse documento você sabe se esta negociando com quem é dono ou quem diz que é dono. Em alguns casos, a avó deu o imóvel para o neto, mas não o fez com documentações”, exemplificou Almeida.



Outra certidão importante a ser solicitada é a de quitação de imóvel, conseguida nas prefeituras. No caso da capital paulista, o site da prefeitura de São Paulo mostra condição do imóvel como o Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). “É o primeiro e importante passo para a compra”, salientou o advogado.



Ele frisa, ainda, que sempre existe o risco de comprar imóvel com algum tipo de pendência e isso pode ficar, no momento da negociação, de forma obscura. “Se comprar dívida que é do imóvel, como IPTU atrasado ou taxa do lixo em aberto pode gerar uma execução fiscal ou até penhora, e o comprador pode ter que se defender na Justiça.



O advogado sinaliza, ainda, que uma boa compra é baseada em atitudes simples, fáceis e baratas. “Pesquisas pela Internet são gratuitas e revelam dados importantes, como documentos ligados à Polícia Federal, CPF do vendedor, entre outros detalhes fundamentais”, disse Luis Rodrigo Almeida.



Contrato

Um contrato de compromisso de compra e venda também é importante e não deve ser dispensado. Isso porque algumas das certidões podem não ser disponibilizadas imediatamente.



“Tem algumas que não saem pela Internet e demoram até dez dias. Então, nesses casos, vale a pena dar o sinal de 10% para garantir que o vendedor não pode mais abrir o negocio, salvo por justo motivo, como documentação com problemas”, orientou o especialista, que não descartou a presença de um profissional para assegurar o sucesso no negócio.



“Muitas pessoas ainda fazem negócio sem consultar ninguém, nem corretor, nem jurídico da imobiliária e muito menos um advogado. Analisar todos os documentos não é capricho nem exagero do advogado, é a garantia de evitar problemas no futuro. São cautelas necessárias”, comentou Almeida


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