terça-feira, 12 de junho de 2012

Casa própria: Prazos maiores com juros menores

BB, Caixa e Santander ampliam para 35 anos o prazo do empréstimo habitacional Rio - A Caixa Econômica Federal e o Santander ampliaram de 30 para 35 anos o prazo dos empréstimos habitacionais nos imóveis até R$ 500 mil, financiados com recursos da caderneta de poupança. É o maior prazo da história do País, destacou o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte. Além disso, a instituição também anunciou a segunda redução nas taxas de juros do crédito imobiliário para classe média (renda acima de R$ 5.400). Na Caixa, as novas regras valem a partir de amanhã e no Santander o prazo estendido vai começar a partir de 6 de julho. Nos dois bancos, somente para contratos novos.




"Buscamos sempre oferecer serviços e produtos de qualidade para nossos clientes. Acreditamos que com o prazo de 35 anos, ainda mais pessoas poderão viabilizar o sonho da casa própria. O Brasil tem um enorme potencial imobiliário e queremos participar ativamente de todo esse processo”, afirma José Roberto Machado, diretor de Negócios Imobiliários do Santander. De acordo com ele, o crédito imobiliário, considerado estratégico para o banco, registrou crescimento de 33,9% no último trimestre.



Vale lembrar que o Banco do Brasil também reduziu em até 21% os juros da casa própria na modalidade para clientes com relacionamento com a instituição.



Segundo superintendente regional da Caixa, Nelma Tavares, a proposta é manter a instituição com as menores taxas do mercado. “Desde o anúncio da primeira redução nos juros já estamos verificando um aumento ainda maior na procura por financiamento”, diz Nelma.



Taxa chega a 7,8% ao ano para casa de até R$ 500 mil



A partir desta segunda-feira, quem procurar uma agência da Caixa já vai encontrar juros menores, 8,85% ao ano, mais TR (Taxa Referencial) para imóveis de até R$ 500 mil — no Banco do Brasil (BB), está em 8,9%. O percentual pode cair para 7,8% se o comprador transferir a conta salário para Caixa, de acordo com Nelma Tavares, superintendente regional da instituição.



Para imóveis acima de R$ 500 mil, a nova taxa da Caixa será de 9,9% ao ano, mais TR (a do BB está em 10%). Se o mutuário for cliente, com conta salário, o percentual cai para 8,9% ao ano. A superintendente lembra que quem recebe até R$ 5.400 já se beneficia de taxas subsidiadas com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “Há percentual a partir de 4,5% ao ano mais TR, além do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, diz Nelma.



Ela explica ainda que as novas reduções nos juros anunciadas pela Caixa também podem beneficiar o trabalhador que está na faixa salarial de R$ 5 mil, mas planeja comprar um imóvel acima de R$ 170 mil.



Mercado apoia mudanças



O mercado comemora as reduções nas taxas de juros e o prazo ainda mais ampliado do financiamento habitacional. "A queda nos juros realizada pela Caixa e pelo Banco do Brasil fará uma grande diferença na hora de o cliente optar por financiar o imóvel, o que vai aquecer ainda mais o mercado. Os bancos privados vão ter que acompanhar estas mudanças e quem sai ganhando com esta concorrência é sempre o cliente", diz Márcio Iorio, diretor da construtora Santa Cecília.



De acordo com o diretor da Estrutura Consultoria, Bruno Teodoro, as mudanças são válidas, pois vão beneficiar boa parte da população, que vai poder financiar mais ou pagar menos.



Diretor do Grupo CPS, Bruno Vaz apoia as novas iniciativas. “Acho a medida vai aquecer o setor”, diz.



Fonte: O Dia Online - 11/06/2012

Nenhum comentário: