Reforma estrutural em prédios requer vasta documentação
É necessário que um arquiteto ou engenheiro credenciado cuide da documentação, a ART, da aprovação da planta modificada na prefeitura, laudo técnico do Corpo de Bombeiros, e, em caso de imóvel tombado pelo patrimônio histórico, autorização nos conselhos responsáveis.
O hotel no centro de São Paulo é de 1942. Reformado, está pronto pra reinaugração. Para que os antigos quartos virassem apartamentos, foi necessário ampliar o espaço. Paredes foram derrubadas, sem que isso abalasse as estruturas. “Em viga e pilar, não se mexe. Isso aí é uma coisa que não tem condição, porque é estrutural do prédio”, diz o arquiteto Arnold Pierre Mermelstein.
A obra durou um ano e meio. A aprovação da reforma, um ano. Cada município tem uma legislação, mas é necessário que um arquiteto ou engenheiro credenciado cuide da documentação: a ART, Anotação de Responsabilidade Técnica, no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura; a aprovação da planta modificada na prefeitura; em edifícios, laudo técnico do Corpo de Bombeiros; e, em caso de imóvel tombado pelo patrimônio histórico, autorização nos conselhos responsáveis.
Os técnicos alertam: em prédios novos ou velhos, residenciais ou comerciais, qualquer alteração na planta implica em risco. “Principalmente as reformas que aumentem a área do seu imóvel, reformas que aumentem o vão da janela, o vão da porta, reformas que tiram paredes ou acrescentam paredes, todas essas reformas têm risco. Precisa então de um engenheiro presente”, afirma Paulo de Mattos Pimenta, engenheiro e professor do Poli/USP
No caso do prédio que ruiu no Rio de Janeiro, o engenheiro acredita que uma falha estrutural causou a tragédia. “Acho que esse prédio tinha algum problema estrutural escondido que não era de conhecimento das pessoas e pode ser que, na reforma, alguém tenha tirado uma parede e aquela parede era que estava salvando o prédio. E aí, o prédio desabou”, diz Pimenta.
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