quarta-feira, 18 de junho de 2014

A ‘bolha imobiliária’ à brasileira começa a esvaziar

aumento dos preços médios dos imóveis anunciados em 16 cidades perdeu força em maio pelo sexto mês consecutivo, o que sinaliza que o mercado se adapta à realidade.
Os preços anunciados dos imóveis no Brasil reforçam a indicação de uma desaceleração no mercado imobiliário em algumas das principais cidades do país. Nesta quarta-feira, o índice que acompanha os valores divulgados na internet em 16 municípios mostrou que o aumento anual do preço médio do metro quadrado perdeu força em maio pelo sexto mês consecutivo. Trata-se de mais um ingrediente na acirrada discussão entre aqueles que acreditam, ou não, na existência de uma bolha brasileira, que poderia estar desinflando, sem nunca chegar a estourar.
O Índice FipeZap Ampliado, que monitora os preços anunciados na internet de apartamentos prontos em 16 grandes cidades brasileiras, registra desde o início do ano um aumento de quase 3% do preço médio do metro quadrado. A expectativa é que a inflação no mesmo período supere esse porcentual. Segundo o relatório que acompanhou a divulgação do indicador nesta quarta, a variação é menor que a inflação de 2014, “caracterizando uma queda real de preços”. A afirmação se baseia na mais recente projeção de economistas consultados pelo Banco Central para a inflação em maio, que é de 0,45%, que se somaria aos 2,86% acumulados entre janeiro e abril.
“Todos acham que para existir uma bolha é necessário que ela exploda. Mas ela pode ir murchando aos poucos”, afirma William Eid Júnior, professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo ele, uma desaceleração nos preços já se faz nítida após a disparada dos últimos anos, configurando uma tendência de ajuste dos valores”, acrescenta.
Entre as cidades, o Rio detém o maior preço do metro quadrado anunciado, com 10.609 reais, seguido por Brasília (8.136 reais) e São Paulo (8.060 reais). Vila Velha, no Espírito Santo (Sudeste), e Salvador, na Bahia (Nordeste), estão na base na lista, com 3.942 reais e 4.375 reais, respectivamente. A disparada nos valores anunciados desde 2008 até o mês passado, sobretudo no Rio (+252%) e em São Paulo (203%), chamou a atenção até do Nobel de Economia Robert Shiller, que antecipou o colapso do setor nos Estados Unidos que derivou na crise de 2008.
Ao contrário do que ocorreu nos EUA, no entanto, a “bolha à brasileira” infla nos preços, e não na concessão de crédito. A proporção do crédito imobiliário sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil estaria em um patamar próximo a 10%. Os norte-americanos, que foram vítimas de uma enxurrada de crédito, com financiamentos de alto risco, por exemplo, registraram em 2011 uma proporção de 76,1%, e o Reino Unido, mais de 80% no mesmo período.
Segundo o economista Otto Nogami, professor do instituto de ensino e pesquisa Insper, apesar de um visível aumento no número de placas de ´vende-se´ e ´aluga-se´ pelas ruas, não há sinalização de crise imobiliária no Brasil. “O mercado tende a se acomodar. Mas vai ser difícil imaginar que os preços cheguem ao patamar inicial –antes do boom– ou abaixo dele. Deverá ficar em um meio termo, em uma faixa entre o preço inicial e o que ele atingiu no pico”, conclui.
O índice medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o portal ZAP Imóveis se baseia apenas nos preços anunciados dos imóveis na internet, desconsiderando eventuais descontos ou acréscimos posteriores visando ao efetivo desfecho do negócio. Por isso, alguns economistas preferem não adotá-lo como um termômetro fiel para se medir a realidade do setor. Mas outros indicadores divulgados recentemente sinalizaram o mesmo panorama de desaquecimento na venda e no número de lançamentos.
Em São Paulo, a maior cidade do país, por exemplo, dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi-SP) mostraram que foram vendidas 3.755 unidades de janeiro a março, número 45% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2013. Os lançamentos caíram 26% na mesma comparação.
Pesaram “provavelmente” nesse resultado as incertezas quanto ao futuro da economia, com o baixa expansão da atividade, além da pressão inflacionária e da sazonalidade do primeiros três meses do ano, deacordo com o órgão. “Apesar de a oferta de unidades em estoque, ou seja, não vendidas, se manter equilibrada, o mercado precisa reagir e retomar vendas no patamar de 30 mil unidades ou mais por ano, para atender a demanda e contribuir na recuperação da economia nacional”, avaliou na ocasião o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
Para se viabilizar um projeto de lançamento, há um período de maturação que dura anos e pode experimentar diferentes fases de desempenho da economia, explica o professor Eid. Segundo ele, leva um tempo entre fazer o projeto, preparar o terreno e edificar. Muitas vezes, quando se planejam as receitas a serem obtidas com as novas vendas está em um cenário econômico. “Mas ao começar a obra e fazer o lançamento, pode estar em outro”, completa.
No resultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre do ano, divulgado na semana passada, o setor daconstrução civil ainda apresentou queda de 2,3% em relação aos últimos três meses de 2013, pesando no fraco desempenho da indústria no período (-0,8%). Nos balanços de construtoras e incorporadoras em 2014, o número de distratos –cancelamento de contratos imobiliários– se intensificou, tendo como pano de fundo um cenário de juros mais altos na economia (atualmente em 11%), que desestimula investimentos por medo a novas dívidas.
Os distratos nos principais mercados do país cresceram 11,6% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2013, segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo tomando como base a soma dos valores dos imóveis devolvidos às nove companhias que divulgaram esse tipo de informação em seus últimos balanços. No mercado de aluguéis, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) adverte também para um aumento da pressão dos valores altos sobre a renda das famílias, que se veem obrigadas a morar cada vez mais longe ou mesmo buscar acomodação em moradias mais precárias.
No fim das contas, a discussão sobre a existência ou não de uma bolha e os seus efeitos continuará nas ruas e nas redes sociais. De um lado, os que a defendem há anos e já apostam em uma queda contínua e mais forte dos preços a partir de agora. Do outro, os que a negam e acreditam que o momento é conjuntural e de pequenos ajustes nos valores praticados nos últimos anos. Resta acompanhar os próximos dados e indicadores para ver quem, afinal, está mais perto da razão.
Fonte: El País

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Apartamento Vila Leopoldina / Sao Paulo

  • Apartamento | Cod. 76228

    VILA LEOPOLDINA / São Paulo

    Valores

    Valor para Venda:R$ 1.700.000,00
    Valor do Condomínio:R$ 300,00

    Ficha Técnica

    • Dormitório(s)
    • 280,70m² Área Total
    • Banheiro(s)
    • 187,00m² Área Útil
    • Suíte(s)
    • 25 Andares
    • Vaga(s)
    • Apto(s) por andar

    Descrição do Imóvel

    Apartamento com acabamento impecável, living para 02 ambientes, terraço gourmet com churrasqueira, bem distribuído e iluminado, 03 suítes, banheiro, cozinha e área de serviço.

    Descrição do Empreendimento

    Lazer total, prainha, cinema, pet place, garage band, music loung, atelier, espaço descanso, espaço mulher, espaço homem, espaço teen, spa, sala de massagem e mais 20 itens de lazer. Em rua arborizada. Imóvel localizado em um condomínio com mais de 10.000 m2 de área , com bosque e lazer, numa das regiões que mais evolui em termos de estrutura da zona oeste. A Vila Leopoldina hoje tem as melhores infraestruturas de imóveis de São Paulo, como padarias, supermercados , faculdades, parques e clubes. Vale a pena conhecer! Aproveite essa ótima oportunidade.

    Características do Imóvel

    • Deposito
    • Sala Repouso

    Infraestrutura do Condomínio

    • Aquecimento Central
    • Brinquedoteca
    • Churrasqueira
    • Espaco Gourmet
    • Estacionamento
    • Forno Pizza
    • Jardim
    • Lan House
    • Piscina Adulta
    • Piscina Coberta
    • Piscina Com Raia
    • Piscina Infantil
    • Playgroud
    • Portaria 24hs
    • Porteiro Eletrico
    • Quadra Esportes
    • Quadra Squash
    • Quadra Tenis
    • Sala Ginastica
    • Sala Jogos
    • Salao De Festas
    • Seguranca
    • Spa
    • Zelador








 | Cod. 76228

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Quer de Fato vender seu Imóvel ? - Preço dos imóveis no Brasil tem sexta desaceleração seguida Segundo Índice FipeZap, variação do preço médio do metro quadrado dos imóveis no país no acumulado dos 12 meses tem sexta desaceleração consecutiva

São Paulo - A variação do preço médio do metro quadrado dos imóveis no Brasil nos últimos 12 meses registrou desaceleração pelo sexto mês consecutivo em maio, segundo o Índice FipeZap, que acompanha a variação de preços do mercado imobiliário de 16 cidades brasileiras. 
De acordo com o índice, nos últimos 12 meses encerrados em maio, a variação de preços foi de 11,38%, enquanto em abril a variação acumulada em 12 meses foi de 11,76%. 
Apenas considerando o mês de maio, o aumento médio dos preços foi de 0,49%, mesma variação verificada no mês de abril. 
De janeiro a maio de 2014, a alta do preço médio foi de 2,98%, variação inferior aoIPCA projetado para o período, que deve fechar em 3,32%, se considerada a estimativa para o mês de maio do Boletim Focus do Banco Central. 
Como o valor médio do metro quadrado dos imóveis aumentou menos do que a elevação generalizada dos preços, é possível dizer que houve uma queda real de preços no ano.
Nos primeiros cinco meses do ano, Fortaleza e Rio de Janeiro tiveram a maior alta dos preços (+5,20 e +4,74%) e Porto Alegre e Brasília registraram as maiores quedas (-1,33% e -0,42%).
Na cidade de São Paulo, a variação de preços em 2014 foi de +3,59%, com alta de 0,71% em maio.
Os valores médios do metro quadrado em maio ficaram entre 10.609 reais (Rio de Janeiro) e 3.942 reais (Vila Velha) e a média das 16 cidades foi de 7.494 reais.
Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda em maio:
RegiãoVariação mensal maio/14Variação mensal abril/14Variação nos últimos 12 meses
Vitória1,15%0,78%15,20%
Salvador0,77%0,45%10,50%
São Paulo0,71%0,75%12,60%
Rio de Janeiro0,67%0,67%13,60%
Índice FipeZap Composto (7 cidades)0,58%0,66%11,40%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades)0,49%0,49%11,70%
Belo Horizonte0,41%0,25%6,80%
Recife0,31%0,67%13,20%
Niterói0,30%0,76%9,90%
Porto Alegre0,30%-1,35%7,00%
São Caetano do Sul0,21%0,55%11,40%
Vila Velha0,12%0,46%12,00%
Florianópolis0,07%-0,13%13,30%
Fortaleza1,08%1,38%13,47%
IPCA0,45%*0,78%-
São Bernardo do Campo-0,12%0,66%8,90%
Santo André-0,16%0,63%10,50%
Brasília-0,23%0,52%3,40%
Curitiba-0,68%-0,57%24,30%
(*) Projeção do Boletim Focus do Banco Central
Fontes: Índice FipeZap e Banco Central
Veja na tabela o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade em abril de 2014:
RegiãoPreço médio do metro quadrado (R$)
Rio de Janeiro10.609
Brasília8.136
São Paulo8.060
Média Nacional7.494
Niterói7.373
Recife5.769
Belo Horizonte5.446
São Caetano do Sul5.410
Fortaleza5.380
Florianópolis5.221
Curitiba5.049
Porto Alegre4.765
Vitória4.687
Santo André4.675
São Bernardo do Campo4.429
Salvador4.375
Vila Velha3.942
O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.
Já entre as cidades incluídas mais recentemente, que compõem o Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm as menores séries históricas, iniciadas em julho de 2012. O FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.
O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades todos os meses.
Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja a seguir o relatório do Índice FipeZap de maio na íntegra: